vocabulário específico
de tanto ler, escrever, lidar com alguns termos de metodologia de investigação, eles tornam-se demasiado comuns, familiares, perto de senso comum, achamos nós... ao ponto de ser às vezes difícil lembrar-nos de que temos que os ensinar, explicar, dar-lhes significado quando apoiamos alunos em trabalhos de investigação. o mesmo para algumas práticas relacionadas com a comunidade. junto dois exemplos, bem reais, que me fazem reflectir sobre estas questões.
o primeiro, veio de uma aluna que se dedicou a ler o livro da Lurdes Mata sobre a Literacia Familiar, publicação referente à sua tese. tendo encontrado referências da autora a trabalhos prévios seus, ou seja, citações da autora a si própria, a aluna perguntou, com todo o direito e perspicácia, porque é que a autora se citava a si própria, se as ideias eram suas... recordando-me o quão distantes os alunos podem andar das ideias de legitimação do conhecimento via publicação em revistas peer reviewed (e o que raio é isso...), discussão na comunidade científica, etc.
mais recentemente, depois de estarmos a falar de triangulação dos dados, uma segunda aluna, demonstrando real domínio das ideias e procedimentos em causa, como é seu costume, rematou a explicação que estava a dar a outra colega identificando este processo como de "trivialidade" dos dados... esta situação permitiu-nos descarregar o stress e o cansaço de uma semana desgastante e perceber a possível relação entre o propósito da triangulação e o disparate da "trivialidade", menos mau não ter saído trivialização... eu fiquei feliz por ela saber o que ia fazer, a importância e o sentido do processo e por nos podermos rir sem problema, sabendo que novos deslizes surgirão e que eles também nos ajudam a aprender.
o primeiro, veio de uma aluna que se dedicou a ler o livro da Lurdes Mata sobre a Literacia Familiar, publicação referente à sua tese. tendo encontrado referências da autora a trabalhos prévios seus, ou seja, citações da autora a si própria, a aluna perguntou, com todo o direito e perspicácia, porque é que a autora se citava a si própria, se as ideias eram suas... recordando-me o quão distantes os alunos podem andar das ideias de legitimação do conhecimento via publicação em revistas peer reviewed (e o que raio é isso...), discussão na comunidade científica, etc.
mais recentemente, depois de estarmos a falar de triangulação dos dados, uma segunda aluna, demonstrando real domínio das ideias e procedimentos em causa, como é seu costume, rematou a explicação que estava a dar a outra colega identificando este processo como de "trivialidade" dos dados... esta situação permitiu-nos descarregar o stress e o cansaço de uma semana desgastante e perceber a possível relação entre o propósito da triangulação e o disparate da "trivialidade", menos mau não ter saído trivialização... eu fiquei feliz por ela saber o que ia fazer, a importância e o sentido do processo e por nos podermos rir sem problema, sabendo que novos deslizes surgirão e que eles também nos ajudam a aprender.
não sei se já o disse, mas este ano estou a trabalhar com uns alunos maravilhosos... beijos para todos eles!
Experienciado por Maria @ 11:32 da tarde
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