Maçãs riscadinhas
no meio das compras no final de um dia deste estranho período de férias, viajei no tempo. bastou cheirar uma maçã destas para estar na minha infância, de calções, coberta de pó, finalmente à sombra a trincar uma maçã lavadinha, fresquinha, na expectativa de ser uma "azeitada" que eu tanto pedia à senhora do mercado de Sesimbra quando lá ia com a minha avó. que felicidade! que estranha mas deliciosa felicidade me encheu por segundos.
lembrei-me da Quinta no Meco, dos alperces, das maçãs vermelhas, do imenso pomar com sombras e com o lago coberto de verde. da liberdade de ter dias e dias para pegar num livro, numa manta e ir para debaixo da ginjeira perder-me por horas. que diferença para a opressão que sinto este ano, para a sensação de se estarem a esgotar o tempo, as oportunidades, o espaço...
e no meio do misto de felicidade pela recordação e de melancolia pelo dia de hoje, encontrei a fotografia do Rafa, a última que lhe tirei e senti uma enorme saudade da companhia, do pêlo, do rosnar dele. da liberdade de correr pelos campos de arroz, saltando na água, elevando-se acima das plantas. saudades do meu cão...
lembrei-me da Quinta no Meco, dos alperces, das maçãs vermelhas, do imenso pomar com sombras e com o lago coberto de verde. da liberdade de ter dias e dias para pegar num livro, numa manta e ir para debaixo da ginjeira perder-me por horas. que diferença para a opressão que sinto este ano, para a sensação de se estarem a esgotar o tempo, as oportunidades, o espaço...
e no meio do misto de felicidade pela recordação e de melancolia pelo dia de hoje, encontrei a fotografia do Rafa, a última que lhe tirei e senti uma enorme saudade da companhia, do pêlo, do rosnar dele. da liberdade de correr pelos campos de arroz, saltando na água, elevando-se acima das plantas. saudades do meu cão...
Experienciado por Maria @ 5:02 da tarde
4 Comentarios:
Que maravilha! O texto e o Rafa. A capacidade de "recuar" no tempo para tornar presente hoje, as sensações e emoções de ontem é algo de fabuloso. Adorei, Maria! Obrigada por este momento.
obrigada pelas palavras glicéria! era o post que mais precisava de companhia...
como vai o teu trabalho?
beijos
Eu também tenho muitas recordações com o cheiro do Nestum...
como nunca parei de comer nestum, não isolei as memórias... :)
Enviar um comentário
» Home